Na contramão dos bancos, que não reduziram suas taxas de crédito de modo significativo, as cooperativas de crédito vêm diminuindo seus juros com a redução da taxa Selic. De outubro de 2016 até hoje, a Selic teve uma queda de 54%, atingindo o menor nível desde sua criação. Neste mesmo período, os bancos reduziram em apenas 15,09% a taxa média cobrada no crédito ao consumidor, que hoje é de 132,91% ao ano, segundo a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
"As cooperativas de crédito já contam com taxas mais atrativas em relação ao mercado. Com a queda da Selic, caem também os juros do crédito", pontua Cleyton Antônio Alves, gerente de apoio a negócios do Sicoob Central Crediminas.
No Rio de Janeiro, os reflexos dessa postura dos bancos comerciais em não baixarem suas taxas trouxeram diferenças semelhantes à maior parte do país. Enquanto a Coopserj– Cooperativa dos Servidores do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro oferece um custo final em torno de 1,8 a.m., as redes bancárias apresentam 4,12% a.m. que correspondem ao somatório dos juros + tarifas + IOF (Custo Efetivo Total).
Segundo Mário Esteves, superintendente da Coopserj “Atualmente podemos dizer que o servidor estadual bem informado e que precisa de algum recurso financeiro procura a Coopserj porque além do custo final ser inferior à metade do custo bancário, ele ainda pode contar com inúmeras outras vantagens que irão ajudá-lo a economizar ainda mais”.
Os números falam por si só e é notória a tendência de um crescimento cada vez maior das cooperativas de crédito no Brasil acompanhando o restante do mundo. De acordo com o Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito já existem mais de 57 mil estabelecimentos distribuídos por 105 países, nos seis continentes, com mais de 200 milhões de associados em todo o mundo, sendo que das 50 maiores instituições financeiras mundiais, cinco são bancos cooperativos.
Fonte: Carlos Alberto Oliveira / Ideia Com e Paulo Regis / Artwork Comunicação
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