O consultor financeiro Mauro Esteves ministrou palestra sobre economia doméstica na Coopserj durante o Encontro dos Cooperados, realizado no dia 27 de março. Na oportunidade, o economista teceu uma série de argumentos que demonstram como alguns cuidados são importantes nos lares brasileiros.
O uso do cartão de crédito foi um dos principais pontos da palestra, já que conforme pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) está disparado como o maior tipo de dívida dos brasileiros com 70,9% em fevereiro de 2015, seguido dos carnês (18%) e financiamento de carro (14,5%). Para que nunca haja atraso no pagamento da fatura do cartão, Esteves aconselhou a busca por uma data conveniente para as compras, a verificação se há juros embutidos nas vendas, o pagamento de um valor entre o mínimo e o máximo possível, caso o devedor não tenha dinheiro para quitar o saldo e a negociação da anuidade dos cartões.
Cuidado com as tentações
O cheque especial, que ficou com 5,8% na pesquisa da CNC, também teve destaque na palestra. Esteves alertou para atenção aos juros cobrados, que se evite estourar o limite para os bancos não cobrarem juros mais altos que o contratado e para a negociação das tarifas bancárias com gerentes. Em relação ao cheque pré-datado, lembrou que este mecanismo cria uma falsa sensação de que os valores não saem da conta corrente. Outra ilusão de muitos consumidores mencionada está relacionada às vendas a prazo, principalmente sobre juros embutidos. Além de sugerir como melhor opção as compras à vista, com negociação de desconto, o consultor ressaltou a necessidade de o consumidor aprender a calcular os juros, exemplificando. O economista salientou para que os presentes tenham cuidado com as tentações. “Não comprem mais do que podem pagar”.
Depois de dar dicas econômicas para o consumo em supermercados, pagamentos de aluguéis e concernentes aos gastos residenciais, sobretudo com energia elétrica, água, telefonia, prestações de serviços e secretárias do lar, o consultor referiu-se à tendência dos brasileiros em não cuidar bem do dinheiro. Segundo ele, cerca de 90% não têm controle de orçamento e três em cada R$ 10 que recebem vão direto para o pagamento de dívidas de consumo. Por isso, não sobra dinheiro para investir em produtos financeiros e na educação. Para reverter esse quadro, sugeriu o partilhamento de decisões, o planejamento de gastos e o consumo consciente, além do equilíbrio entre consumo e poupança.
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